Os Baptistas Hoje
Notas da Sala de Aula
Cadeira de História dos Baptistas e Missões
Os Baptistas sempre procuraram unir esforços em associações e convenções tendo em vista uma maior eficácia na obra missionária. Actualmente existem várias convenções e missões baptistas organizadas em prol da evangelização dos perdidos, razão primeira para a sua existência.
ALIANÇA BAPTISTA MUNDIAL
Em 1905 os Baptistas formaram a Aliança Baptista Mundial A intenção inicial era a de ligar as igrejas baptistas para realizar trabalhos missionários e outras actividades relacionadas.
A Aliança Baptista Mundial (ABM) em 2005, reunia 214 convenções e associações baptistas representando 149.917 Igrejas com mais de 34,737,897 de fiéis no mundo. Hoje, em 2006, o número de Igrejas Baptistas supera as 160.000 e o número de membros os 37 milhões.
A Aliança Baptista Mundial, só nos meses de Março e Abril de 2006, contribuiu paradiferentes projectos sociais, a saber:
África:
Projecto de Combate ao HIV/Sida- $13,230
Projecto de Combate à Sida da União Baptista do Rwanda- $8,000
Projecto de Educação a Orfãos e a Crianças Vulneráveis no Uganda- $13,415
Desenvolvimento Rural Soroti- $8,000
Apoio Médico Vítimas de Kinshasa - $11,863
Projecto Combate à Fome no Malawi - $7,532
Projectos Agrícolas em Moçambique - $9,328
Ásia:
Convenção Baptista da Indonésia para apoio às vítimas do Tsunami (Veículo) - $13,500
Apoio para construção de edifício de Escola Bíblica na Tailândia- $3,750
Apoio a construção de fábrica na Coreia do Norte - $10,000
Apoio a construção de fábrica na Coreia do Norte - $10,000
América:
Apoio à reconstrução de casas das vítimas do Katrina na América do Norte- $100,000
Projecto Combate à Fome do Mundo- $5,000.
A MAIOR CONVENÇÃO DOS BAPTISTAS
A maior de todas as convenções e missões baptistas é a Convenção Baptista do Sul dos Estados Unidos que não pertence à ABM. Mas, um pouco por todo o mundo, as uniões ou convenções têm desempenhado um papel importante na abertura de novos trabalhos pelo mundo.
No ano 2000 o programa de apoio a missões da SBC dos EUA tinha por alvos:* 1 milhão de baptismos
* Envolvimento missionário voluntário sem precedentes
* $750 milhões USD no Programa Cooperativo e outras ofertas missionárias
Em 1999 os Baptistas do Sul sustentaram 3.264 missionários no campo e 1.761voluntários nos Estados Unidos, Porto Rico, Canadá, Samoa Americana e Ilhas Virgens. Entre as funções dos missionários estão o apoio a igrejas existentes na plantação de novas igrejas, evangelismo, alfabetização, alívio da fome e oração por avivamento espiritual.
Desde sempre, os Baptistas do Sul têm sido uma denominação que envia missionários.Hoje sustentam cerca de 5 mil missionários que trabalham em 154 nações do mundo.Os Baptistas do Sul começam uma média de quatro igrejas ou missões por dia. Algumas igrejas, é claro, fecham, mas no total há um aumento significativo de igrejas a cada ano.
Em 2000 existiam mais de 41.000 Igrejas Baptistas da Convenção Baptista do Sul. Hoje serão mais de 43.000 igrejas com mais de 16 milhões de Baptistas espalhados pelos 50 estados da América. Segundo os números da SBC, só em 2000, 419.342 pessoas foram baptizadas em Igrejas Baptistas do Sul dos EUA e 363.703 foram baptizadas em igrejas relacionadas aos Baptistas do Sul emoutros países. Isso dá uma média de 1 baptismo a cada 40 segundos.
A Federação Baptista Europeia
A Federação Baptista Europeia (FBE) foi fundada em 1949 para unir os Baptistas Europeus que emergiram da devastadora da segunda grande guerra. A FBE representa mais de 800,000 Baptistas membros de mais de 13.000 igrejas organizadas em 51 Uniões e Convenções desde Portugal até à Rússia. Estão incluídos na FBE Baptistas da Eurásia do Médio e do Próximo Oriente. A FBE procura fortalecer os relacionamentos entre Uniões Baptistas procurando o desenvolvimento das mesmas através de parcerias estratégicas.
Muitos Baptistas continuam a enfrentar muitas dificuldades resultantes da pobreza, guerra ou perseguição religiosa e para isso a FBE tem um conjunto de grupos de trabalho para apoiar os Baptistas Europeus, a saber: Comissão de Apoio Humanitário; Comissão de Educação Teológica, Comissão dos Direitos Humanos e Liberdade Religiosa; Comissão de Missões e Evangelismo.
Apesar da família da FBE ser diversa em cultura, língua e tradição, ela permanece unida na identidade Baptista, no zelo evangelístico, na defesa dos direitos humanos e na defesa da liberdade religiosa. Os Baptistas da FBE partilham com outros cristãos o compromisso de influenciarem a sociedade europeia de modo a que esta reflicta os valores do Reino de Deus.
CONVENÇÃO BAPTISTA PORTUGUESA
A CBP foi fundada em Novembro de 1920 e integra 70 Igrejas e 14 missões perfazendo mais de 4.400 membros filiados. A CBP tem hoje uma razoável estrutura e diferentes departamentos ministeriais: Educação Cristã, Juventude, Homens, Senhoras, Acampamento, Seminário Teológico Baptista, Livraria Baptista, Departamento de Missões.
Temas Críticos com que os Baptistas de hoje se Defrontam
Os Baptistas, desde sempre, tiveram que lidar com assuntos críticos. Hoje, são vários os assuntos que têm o potencial de comprometer o progresso denominacional. Sendo honestos, reconheceremos que esses tópicos já estão a causar muitas rupturas entre os Baptistas. Todavia, o senhorio de Cristo, a autoridade das Escrituras e os princípios distintivos dos Baptistas podem ajudar-nos a ligar com todos esses assuntos polémicos prosseguindo fielmente com o testemunho do Evangelho que recebemos de outros.
Secularização Grosseira
Os Baptistas têm sido afectados por uma crescente secularização grosseira na sua moralidade e na sua espiritualidade. A secularização tem afectado indivíduos, igrejas, associações, convenções e alianças. No passado, os Baptistas eram bem mais rígidos em termos dos padrões de espiritualidade e disciplina na vida da Igreja.
Muitos Baptistas, apesar da luta diária que travam, têm permanecido fiéis através de uma vida devocional equilibrada, adoração comunitária, observância de princípios cristãos éticos, discipulado cristocêntrico, evangelismo como estilo de vida, uma vida de serviço amoroso e uma consciência missionária.
Abandono generalizado do princípio Baptista da Separação entre a Igreja e o Estado.
Os primeiros Baptistas de Inglaterra e da América nos anos de 1600, lutaram arduamente para se convencerem a eles mesmos e ao mundo que a ideia da Igreja estar envolvida e comprometida com o Estado era uma afronta ao ensino do Novo Testamento. Esses Baptistas tomaram duas posições fundamentais: Estimular qualquer forma coerciva de subjugar alguém à fé não fazia qualquer sentido; A fé livre sempre conduz à liberdade de consciência e estimula o voluntariado em nome de Cristo.
Ausência de Vozes Proféticas nos Púlpitos e nos Media
Hoje, verifica-se que muitos editores e pregadores abandonaram o elemento profético da sua chamada ministerial. Eles simplesmente retiraram o “Assim diz o Senhor” dos seus sermões e dos seus artigos. Com o efeito à escala global da Internet, temos subjugado as congregações a meias-verdades bíblicas excluindo os absolutos proféticos do Velho Testamento e as verdades proféticas afirmadas por Cristo. Levanta-se uma grande questão: Onde estão hoje os modelos de liderança corajosa como Daniel, para denunciar falsos ídolos, dispostos em nome da verdade de Deus a irem até uma cova de leões?
São vários os factores que têm levado os Baptistas a excluir o ministério profético da sua experiência: Primeiro, muitos dos jornais e dos púlpitos das igrejas baptistas têm-se convertido em meros espaços de relações públicas. Ninguém questiona nada em termos éticos e doutrinários independentemente da gravidade de alguns desses erros. Segundo, muitos dos editores e pregadores baptistas simplesmente abandonaram os estudos da História dos Baptistas e por isso desconhecem os milhares de escritores e pregadores altamente convencidos do seu ministério profético. Homens que assumiram todos os riscos em nome da verdade. Terceiro, a segurança de posições de liderança ou de emprego fornece uma motivação poderosa para manter a boca calada.
Fragmentação Denominacional Persistente
A fragmentação dos Baptistas começou nos anos de 1600 e nunca parou. Os Baptistas discordam acerca de tudo; às vezes essas discórdias causam rupturas organizacionais graves e o nascimento de novos movimentos Baptistas. Hoje, nos EUA, existem mais de 50 diferentes grupos e sub-grupos de Baptistas.
Em Portugal existem para além da CBP, a Associação de Igrejas Baptistas Portuguesas, a Associação dos Baptistas para o Evangelismo Mundial, a Convenção das Igrejas Baptistas Independentes, as Igrejas Baptistas independentes como a PIB de Lisboa, a Segunda Igreja Baptista de Lisboa, a PIB do Porto, a Igreja Baptista de Odivelas, etc, a Igreja ligada à World Baptist Fellowship Mission Agency do Texas com uma Igreja Baptista em Esgueira, Aveiro, os Baptistas Fundamentalistas na Ilha de S. Miguel dos Açores e em Portalegre.
A natureza da vida eclesiástica dos Baptistas alimenta a liberdade para discordar e a diversidade. Ninguém consegue controlar o pensar dos Baptistas, as suas crenças e as suas práticas, porque esse é o DNA da denominação. O respeito pelo direito de interpretação das Escrituras é supremo. A auto-determinação da congregação é inviolável para os Baptistas. O poder de discordar e a liberdade de consciência leva os Baptistas para diferentes direcções. Os factores relacionados com as diferentes personalidades alimentam as batalhas entre os Baptistas. Todavia, as crises têm ajudado alguns Baptistas a redescobrir de forma mais ampla as perspectivas bíblicas sobre o que significa ser Baptista.
Fundamentalismo e Liberalismo Entrincheirados
Tanto o Fundamentalismo Religioso como o Liberalismo Teológico têm-se entrincheirado rigidamente em alguns sectores dos Baptistas. O fundamentalismo pretende controlar o pensamento religioso, a fé e a prática como táctica para garantir esse mesmo controle. Uma dessas tácticas é converter confissões de fé em credos teológicos absolutos, muito minuciosos, sujeitando tudo e todos a subscreverem o que esses pensadores crêem. Muitas dessas ideias estão mais focadas no Velho Testamento do que nos ensinos de Jesus Cristo.
O Liberalismo Teológico tem por sua vez estimulado um esvaziamento do princípio de autoridade das escrituras, uma cultura de uma certa permissividade ética e moral, e sobretudo, um entendimento ecuménico das relações que os Baptistas querem preservar como cordiais com todos os grupos não cristãos, nunca comprometendo com isso, os absolutos das verdades essenciais da fé cristã e da doutrina de Jesus Cristo.
Relacionado com este tópico levantam-se problemas referentes à eclesiologia dos Baptistas, como sejam: A natureza bíblica de uma Igreja. O que faz uma Igreja ser Igreja? Igrejas Simples, Igreja Emergente, etc. Outro tópico é, sem dúvida, a disciplina bíblica dentro da Igreja. Uma persistente cultura de não julgamento de quem quer que seja e uma cada vez maior “tolerância” moral. Finalmente, há também questões polémicas referentes aos modelos de governo eclesiástico e de liderança da igreja local. Os líderes são chief executive officers ou pastores de almas? Equipas Ministeriais ou Pastorocracia?
Que o Senhor nos Ajude!
Professor Paulo Pascoal
Monte Abraão, 2006
ALIANÇA BAPTISTA MUNDIAL
Em 1905 os Baptistas formaram a Aliança Baptista Mundial A intenção inicial era a de ligar as igrejas baptistas para realizar trabalhos missionários e outras actividades relacionadas.
A Aliança Baptista Mundial (ABM) em 2005, reunia 214 convenções e associações baptistas representando 149.917 Igrejas com mais de 34,737,897 de fiéis no mundo. Hoje, em 2006, o número de Igrejas Baptistas supera as 160.000 e o número de membros os 37 milhões.
A Aliança Baptista Mundial, só nos meses de Março e Abril de 2006, contribuiu paradiferentes projectos sociais, a saber:
África:
Projecto de Combate ao HIV/Sida- $13,230
Projecto de Combate à Sida da União Baptista do Rwanda- $8,000
Projecto de Educação a Orfãos e a Crianças Vulneráveis no Uganda- $13,415
Desenvolvimento Rural Soroti- $8,000
Apoio Médico Vítimas de Kinshasa - $11,863
Projecto Combate à Fome no Malawi - $7,532
Projectos Agrícolas em Moçambique - $9,328
Ásia:
Convenção Baptista da Indonésia para apoio às vítimas do Tsunami (Veículo) - $13,500
Apoio para construção de edifício de Escola Bíblica na Tailândia- $3,750
Apoio a construção de fábrica na Coreia do Norte - $10,000
Apoio a construção de fábrica na Coreia do Norte - $10,000
América:
Apoio à reconstrução de casas das vítimas do Katrina na América do Norte- $100,000
Projecto Combate à Fome do Mundo- $5,000.
A MAIOR CONVENÇÃO DOS BAPTISTAS
A maior de todas as convenções e missões baptistas é a Convenção Baptista do Sul dos Estados Unidos que não pertence à ABM. Mas, um pouco por todo o mundo, as uniões ou convenções têm desempenhado um papel importante na abertura de novos trabalhos pelo mundo.
No ano 2000 o programa de apoio a missões da SBC dos EUA tinha por alvos:* 1 milhão de baptismos
* Envolvimento missionário voluntário sem precedentes
* $750 milhões USD no Programa Cooperativo e outras ofertas missionárias
Em 1999 os Baptistas do Sul sustentaram 3.264 missionários no campo e 1.761voluntários nos Estados Unidos, Porto Rico, Canadá, Samoa Americana e Ilhas Virgens. Entre as funções dos missionários estão o apoio a igrejas existentes na plantação de novas igrejas, evangelismo, alfabetização, alívio da fome e oração por avivamento espiritual.
Desde sempre, os Baptistas do Sul têm sido uma denominação que envia missionários.Hoje sustentam cerca de 5 mil missionários que trabalham em 154 nações do mundo.Os Baptistas do Sul começam uma média de quatro igrejas ou missões por dia. Algumas igrejas, é claro, fecham, mas no total há um aumento significativo de igrejas a cada ano.
Em 2000 existiam mais de 41.000 Igrejas Baptistas da Convenção Baptista do Sul. Hoje serão mais de 43.000 igrejas com mais de 16 milhões de Baptistas espalhados pelos 50 estados da América. Segundo os números da SBC, só em 2000, 419.342 pessoas foram baptizadas em Igrejas Baptistas do Sul dos EUA e 363.703 foram baptizadas em igrejas relacionadas aos Baptistas do Sul emoutros países. Isso dá uma média de 1 baptismo a cada 40 segundos.
A Federação Baptista Europeia
A Federação Baptista Europeia (FBE) foi fundada em 1949 para unir os Baptistas Europeus que emergiram da devastadora da segunda grande guerra. A FBE representa mais de 800,000 Baptistas membros de mais de 13.000 igrejas organizadas em 51 Uniões e Convenções desde Portugal até à Rússia. Estão incluídos na FBE Baptistas da Eurásia do Médio e do Próximo Oriente. A FBE procura fortalecer os relacionamentos entre Uniões Baptistas procurando o desenvolvimento das mesmas através de parcerias estratégicas.
Muitos Baptistas continuam a enfrentar muitas dificuldades resultantes da pobreza, guerra ou perseguição religiosa e para isso a FBE tem um conjunto de grupos de trabalho para apoiar os Baptistas Europeus, a saber: Comissão de Apoio Humanitário; Comissão de Educação Teológica, Comissão dos Direitos Humanos e Liberdade Religiosa; Comissão de Missões e Evangelismo.
Apesar da família da FBE ser diversa em cultura, língua e tradição, ela permanece unida na identidade Baptista, no zelo evangelístico, na defesa dos direitos humanos e na defesa da liberdade religiosa. Os Baptistas da FBE partilham com outros cristãos o compromisso de influenciarem a sociedade europeia de modo a que esta reflicta os valores do Reino de Deus.
CONVENÇÃO BAPTISTA PORTUGUESA
A CBP foi fundada em Novembro de 1920 e integra 70 Igrejas e 14 missões perfazendo mais de 4.400 membros filiados. A CBP tem hoje uma razoável estrutura e diferentes departamentos ministeriais: Educação Cristã, Juventude, Homens, Senhoras, Acampamento, Seminário Teológico Baptista, Livraria Baptista, Departamento de Missões.
Temas Críticos com que os Baptistas de hoje se Defrontam
Os Baptistas, desde sempre, tiveram que lidar com assuntos críticos. Hoje, são vários os assuntos que têm o potencial de comprometer o progresso denominacional. Sendo honestos, reconheceremos que esses tópicos já estão a causar muitas rupturas entre os Baptistas. Todavia, o senhorio de Cristo, a autoridade das Escrituras e os princípios distintivos dos Baptistas podem ajudar-nos a ligar com todos esses assuntos polémicos prosseguindo fielmente com o testemunho do Evangelho que recebemos de outros.
Secularização Grosseira
Os Baptistas têm sido afectados por uma crescente secularização grosseira na sua moralidade e na sua espiritualidade. A secularização tem afectado indivíduos, igrejas, associações, convenções e alianças. No passado, os Baptistas eram bem mais rígidos em termos dos padrões de espiritualidade e disciplina na vida da Igreja.
Muitos Baptistas, apesar da luta diária que travam, têm permanecido fiéis através de uma vida devocional equilibrada, adoração comunitária, observância de princípios cristãos éticos, discipulado cristocêntrico, evangelismo como estilo de vida, uma vida de serviço amoroso e uma consciência missionária.
Abandono generalizado do princípio Baptista da Separação entre a Igreja e o Estado.
Os primeiros Baptistas de Inglaterra e da América nos anos de 1600, lutaram arduamente para se convencerem a eles mesmos e ao mundo que a ideia da Igreja estar envolvida e comprometida com o Estado era uma afronta ao ensino do Novo Testamento. Esses Baptistas tomaram duas posições fundamentais: Estimular qualquer forma coerciva de subjugar alguém à fé não fazia qualquer sentido; A fé livre sempre conduz à liberdade de consciência e estimula o voluntariado em nome de Cristo.
Ausência de Vozes Proféticas nos Púlpitos e nos Media
Hoje, verifica-se que muitos editores e pregadores abandonaram o elemento profético da sua chamada ministerial. Eles simplesmente retiraram o “Assim diz o Senhor” dos seus sermões e dos seus artigos. Com o efeito à escala global da Internet, temos subjugado as congregações a meias-verdades bíblicas excluindo os absolutos proféticos do Velho Testamento e as verdades proféticas afirmadas por Cristo. Levanta-se uma grande questão: Onde estão hoje os modelos de liderança corajosa como Daniel, para denunciar falsos ídolos, dispostos em nome da verdade de Deus a irem até uma cova de leões?
São vários os factores que têm levado os Baptistas a excluir o ministério profético da sua experiência: Primeiro, muitos dos jornais e dos púlpitos das igrejas baptistas têm-se convertido em meros espaços de relações públicas. Ninguém questiona nada em termos éticos e doutrinários independentemente da gravidade de alguns desses erros. Segundo, muitos dos editores e pregadores baptistas simplesmente abandonaram os estudos da História dos Baptistas e por isso desconhecem os milhares de escritores e pregadores altamente convencidos do seu ministério profético. Homens que assumiram todos os riscos em nome da verdade. Terceiro, a segurança de posições de liderança ou de emprego fornece uma motivação poderosa para manter a boca calada.
Fragmentação Denominacional Persistente
A fragmentação dos Baptistas começou nos anos de 1600 e nunca parou. Os Baptistas discordam acerca de tudo; às vezes essas discórdias causam rupturas organizacionais graves e o nascimento de novos movimentos Baptistas. Hoje, nos EUA, existem mais de 50 diferentes grupos e sub-grupos de Baptistas.
Em Portugal existem para além da CBP, a Associação de Igrejas Baptistas Portuguesas, a Associação dos Baptistas para o Evangelismo Mundial, a Convenção das Igrejas Baptistas Independentes, as Igrejas Baptistas independentes como a PIB de Lisboa, a Segunda Igreja Baptista de Lisboa, a PIB do Porto, a Igreja Baptista de Odivelas, etc, a Igreja ligada à World Baptist Fellowship Mission Agency do Texas com uma Igreja Baptista em Esgueira, Aveiro, os Baptistas Fundamentalistas na Ilha de S. Miguel dos Açores e em Portalegre.
A natureza da vida eclesiástica dos Baptistas alimenta a liberdade para discordar e a diversidade. Ninguém consegue controlar o pensar dos Baptistas, as suas crenças e as suas práticas, porque esse é o DNA da denominação. O respeito pelo direito de interpretação das Escrituras é supremo. A auto-determinação da congregação é inviolável para os Baptistas. O poder de discordar e a liberdade de consciência leva os Baptistas para diferentes direcções. Os factores relacionados com as diferentes personalidades alimentam as batalhas entre os Baptistas. Todavia, as crises têm ajudado alguns Baptistas a redescobrir de forma mais ampla as perspectivas bíblicas sobre o que significa ser Baptista.
Fundamentalismo e Liberalismo Entrincheirados
Tanto o Fundamentalismo Religioso como o Liberalismo Teológico têm-se entrincheirado rigidamente em alguns sectores dos Baptistas. O fundamentalismo pretende controlar o pensamento religioso, a fé e a prática como táctica para garantir esse mesmo controle. Uma dessas tácticas é converter confissões de fé em credos teológicos absolutos, muito minuciosos, sujeitando tudo e todos a subscreverem o que esses pensadores crêem. Muitas dessas ideias estão mais focadas no Velho Testamento do que nos ensinos de Jesus Cristo.
O Liberalismo Teológico tem por sua vez estimulado um esvaziamento do princípio de autoridade das escrituras, uma cultura de uma certa permissividade ética e moral, e sobretudo, um entendimento ecuménico das relações que os Baptistas querem preservar como cordiais com todos os grupos não cristãos, nunca comprometendo com isso, os absolutos das verdades essenciais da fé cristã e da doutrina de Jesus Cristo.
Relacionado com este tópico levantam-se problemas referentes à eclesiologia dos Baptistas, como sejam: A natureza bíblica de uma Igreja. O que faz uma Igreja ser Igreja? Igrejas Simples, Igreja Emergente, etc. Outro tópico é, sem dúvida, a disciplina bíblica dentro da Igreja. Uma persistente cultura de não julgamento de quem quer que seja e uma cada vez maior “tolerância” moral. Finalmente, há também questões polémicas referentes aos modelos de governo eclesiástico e de liderança da igreja local. Os líderes são chief executive officers ou pastores de almas? Equipas Ministeriais ou Pastorocracia?
Que o Senhor nos Ajude!
Professor Paulo Pascoal
Monte Abraão, 2006
2 Comentários:
parabéns pelo artigo, apesar de que, todos nós, que vivemos na denominação batista, sabemos que a nossa estrutura já não mais cumpri a sua missão, para com o reino de Deus, pois a nossa democracia, não deixa o pastor ser pastor,e nem a igreja ser Igreja; e não há,disposição para reestruturá-la precisamos nós reinventar. pastor Luiz Mello - Rio de Janeiro
parabéns pelo artigo, apesar de que, todos nós, que vivemos na denominação batista, sabemos que a nossa estrutura já não mais cumpri a sua missão, para com o reino de Deus, pois a nossa democracia, não deixa o pastor ser pastor,e nem a igreja ser Igreja; e não há,disposição para reestruturá-la precisamos nós reinventar. pastor Luiz Mello - Rio de Janeiro
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